Uso de pré-fabricados reduz tempo de obra

23/03/2012 12:25

 

Impulsionadas pelo aquecimento imobiliário do Estado, as construtoras buscam a realização de grandes obras com rapidez e menores custos, aliando-se à preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade. Para acolher a crescente demanda, formou-se, no setor da construção civil, uma nova cultura de industrialização dos processos construtivos pela qual é possível, por exemplo, erguer uma obra de 40 mil metros quadrados em menos de um ano. Quase sete mil metros cúbicos de concreto para pilares, vigas e lajes formam a estrutura da nova unidade do home center Ferreira Costa, que está sendo construído no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife. Ao todo, serão quatro pavimentos que vão abrigar estacionamentos e área de vendas - esta com mais de 16 mil metros quadrados. A loja, que será a maior do segmento em Pernambuco, teve sua estrutura, de aproximadamente 40 mil metros quadrados, montada em dez meses.
 
A rapidez da obra é resultado, sobretudo, do uso de um sistema de pré-fabricados de concreto, que tem sido largamente utilizado para construções de grande complexidade e que exigem rapidez na conclusão. Com ele, é possível reduzir o tempo médio da obra em até 30%, se comparado ao sistema convencional de concreto moldado in loco. De acordo com Vitor Almeida, diretor da empresa de pré-fabricados T&A, além de aumentar a velocidade na execução, esse tipo de sistema também diminui a necessidade de trabalhadores no canteiro. “As peças chegam prontas e é necessário somente encaixá-las para formar a estrutura, o que demanda menos mão de obra”, explica. O uso de pré-fabricados também guarda relação com a sustentabilidade. Como as peças são feitas sob medida e usadas em sua totalidade, a quantidade de resíduos da obra é mínima. Além disso, obras convencionais servem-se de madeira para escoramentos e também para a construção de formas para o concreto. O material não é usado em obras com pré-fabricados. 
 
Para Luciana Costa, gerente de arquitetura da Ferreira Costa, o sistema é adequado ao que a empresa necessita .”Apesar de ser menos econômica, é uma forma de construção durável, sustentável, estruturalmente segura e com versatilidade arquitetônica”, descreve.O shopping Rio Mar, que está sendo construído no Pina, também utilizou este método. Para a edificação, que terá uma área de 295 mil metros quadrados, foram usados mais de mil pilares de até 35 metros de altura, 3.480 vigas - algumas chegando a 20 metros de comprimento -, com cerca de 21.500 metros cúbicos de concreto aplicado. Em geral, esse sistema de construção é usado em obras de grande complexidade, como shopping centers, edificios-garagens, além de projetos especiais como refinarias, estaleiros, obras portuárias e industriais.
 
Fonte: Folha PE